Lídia Maria de Melo
Conjugação de verbo impessoal sempre causa dúvidas. Por isso, é sempre bom recordar o assunto, para evitar má situação, principalmente no âmbito profissional.
O verbo "haver" é um exemplo.
Quando está no sentido de "existir", "ocorrer" e "acontecer", é sempre utilizado na terceira pessoa do singular, independentemente do tempo, do modo ou da forma. Isso se dá, porque, nesse caso, ele não tem sujeito.
Então, jamais diga: "Houveram muitas situações". Pela norma padrão da língua portuguesa, ditada pelas gramáticas, o correto é: "Houve muitas situações".
- Se for no tempo presente, use: "Há muitos casos".
- No pretérito imperfeito: "Havia muitas reclamações".
- No futuro do presente: "Haverá muitas queixas" (forma simples). "Vai haver muitas contestações". "Poderá haver muitas queixas" (formas compostas).
- No futuro do pretérito: "Haveria muitas pessoas no local" (forma simples). "Poderia haver muitas pessoas no local" (forma composta).
No sentido de "existir", "acontecer" e "ocorrer", o verbo "haver" fica sempre na terceira pessoa do singular. Na imagem, está conjugado indevidamente. |
Na forma composta, o auxiliar segue a impessoalidade do "haver", que é o verbo principal. Nos exemplos acima, os auxiliares são: "poder" e "ir".
Quando exerce a função de auxiliar, o verbo "haver" é flexionado, ou seja, é conjugado em todas as pessoas.
Exemplo:
- "Os funcionários receberam abono, porque haviam feito hora extra". (Nessa frase, "haver" é auxiliar de "fazer").
Quando tem outros sentidos (que não sejam
"existir", "acontecer" e "ocorrer"), o verbo "haver" também é
conjugado.
Esses sentidos são pouco usuais, mas na área de Direito costumam aparecer.
Esses sentidos são pouco usuais, mas na área de Direito costumam aparecer.
Fique atento.
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